Pesquisas

Formação em Educação, Pobreza e Desigualdade: Impactos na prática profissional (2023 – Em andamento)
O projeto de pesquisa “Formação em Educação, Pobreza e Desigualdade: Impactos na prática profissional” tem por objetivo geral investigar se e como uma formação na temática “educação, pobreza e desigualdade” impactou a prática profissional dos/as participantes. Este projeto de pesquisa dá continuidade aos estudos realizados pelos pesquisadores sobre a temática educação, pobreza e desigualdade social. A formação em tela é a desenvolvida na Disciplina Optativa EED5229: Educação, pobreza e desigualdade, vinculada ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina. Esta disciplina vem sendo ministrada pelo coordenador proponente dessa pesquisa e decorre da constatação da ausência desse debate na formação inicial, em especial, nas licenciaturas. A formação foi ofertada nos semestres 2016.2, 2017.1, 2017.2, 2019.1, 2019.2, 2020.2, 2021.2 e 2022.2 e teve um total, até o segundo semestre de 2022.2, de 218 concluintes. Considerando o período em que a disciplina é ofertada, muitos/as dos/as que a cursaram já devem ter se formado e, possivelmente, já estão atuando profissionalmente, assim como outros/as que ainda não concluíram seus cursos, também podem estar atuando com populações empobrecidas. Essa constatação levou os proponentes desse projeto a se indagarem sobre os impactos da formação nessa disciplina na prática profissional dos/as estudantes que a cursaram. A perspectiva teórico-metodológica adotada para o desenvolvimento dessa pesquisa implica um processo de construção de um conhecimento novo sobre a realidade estudada visando ações que possam transformar esta mesma realidade. Portanto, a educação (visto tratarmos de formação profissional), a pobreza e a desigualdade social serão consideradas fenômenos construídos historicamente que devem ser analisados a partir de sua concretude, evidenciando as contradições, interesses e ideologias que os cercam, numa perspectiva de totalidade. Isso implica, não só a consideração de elementos conjunturais, mas, também, dos elementos estruturais que determinam a configuração desses fenômenos. Trata-se de pesquisa qualitativa quanto à abordagem, pois visa o aprofundamento analítico sobre o impacto de uma formação na temática pobreza e desigualdade social na atuação profissional daqueles/as que passaram por ela (MINAYO, 2007). Por se tratar de um campo de estudo ainda pouco explorado e com um foco determinado, é exploratória e descritiva quanto aos objetivos, com um delineamento que abarca o estudo bibliográfico e estudo de caso quanto aos procedimentos (GIL, 2008). Para o levantamento das informações junto aos/as participantes da formação, será utilizado um questionário a ser aplicado de forma on line. Este permite obter informações de um grande número de pessoas simultaneamente ou em um tempo relativamente curto, bem como a possibilidade do anonimato, fazendo com que os/as participantes se sintam mais à vontade para responder (Richardson, 1999). Acrescenta-se que o questionário será estruturado com questões fechadas e abertas. As questões fechadas buscam a obtenção de informações sociodemográficas e respostas mais objetivas sobre determinado conteúdo; e as perguntas abertas visam aprofundar as questões relativas ao objetivo do estudo em questão..

Envolvidos: Adir Valdemar Garcia – Coordenador / Apoliana Regina Groff – Integrante.

*********************************************************************************************

A formação inicial em licenciaturas e a temática pobreza e desigualdade social (2019 – 2023 – Encerrada).

Descrição: O projeto de pesquisa “A formação inicial em licenciaturas e a temática pobreza e desigualdade social” tem como objetivo geral analisar se a temática pobreza e desigualdade social é tratada nos cursos de licenciatura da UFSC e qual a concepção de pobreza e de desigualdade social dos estudantes que cursam essas licenciaturas. Os objetivos específicos são: 1) Identificar se o Projeto Pedagógico dos cursos de licenciatura trazem alguma reflexão sobre pobreza e desigualdade social e sua relação com a educação; 2) Analisar se os programas e planos de ensino das disciplinas que compõem os currículos dos cursos de licenciatura tratam da temática pobreza e desigualdade social; 3) Conhecer as concepções de pobreza e de desigualdade social dos estudantes de cursos de licenciatura; 4) Conhecer a compreensão dos estudantes de licenciaturas sobre as causas e soluções para a pobreza e para a desigualdade social. A perspectiva teórico-metodológica adotada para o desenvolvimento dessa pesquisa implica um processo de construção de um conhecimento novo sobre a realidade estudada visando ações que possam transformar esta mesma realidade. Portanto, a educação (visto tratarmos de formação de professores), a pobreza e a desigualdade social serão consideradas fenômenos construídos historicamente que devem ser analisados a partir de sua concretude, evidenciando as contradições, interesses e ideologias que os cercam, numa perspectiva de totalidade. Isso implica, não só a consideração de elementos conjunturais, mas, também, dos elementos estruturais que determinam a configuração desses fenômenos. Trata-se de pesquisa qualitativa quanto à abordagem, pois visa o aprofundamento analítico sobre a presença ou não da temática pobreza e desigualdade social nos currículos das licenciaturas, bem como sobre as concepções de estudantes sobre o tema. Por se tratar de um campo de estudo ainda pouco explorado e com um foco determinado, é exploratória e descritiva quanto aos objetivos, com um delineamento que abarca o estudo de caso, a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental quanto aos procedimentos. Para alcançar o objetivo proposto, será desenvolvida uma pesquisa bibliográfica a respeito do tema, uma pesquisa documental envolvendo os Projetos Pedagógicos dos cursos de licenciatura, bem como os programas e planos de disciplinas que compõem os currículos dos cursos e a aplicação de um questionário on line com estudantes das fases finais dos cursos.

Envolvidos: Professor Dr. Adir Valdemar Garcia (Coordenador); Professora Dr.ª Apoliana Regina Groff; Acadêmica Marta Gerda Aragón Rosa (Bolsista PIBIC).

*********************************************************************

Educação, Pobreza e Desigualdade Social (2014 – 2017 – Encerrada).

Descrição: A pesquisa Educação, Pobreza e Desigualdade Social objetivou analisar as concepções de pobreza e desigualdade social, e as proposições de enfrentamento dessas realidades apresentadas pelos governos federal, do estado de Santa Catarina e de municípios dessa unidade federativa, no âmbito da política de educação, considerando o período de 2003 a 2015. Em Santa Catarina, verificando como essas concepções e proposições se materializavam no cotidiano escolar. A pesquisa foi financiada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, do Ministério da Educação (SECADI/MEC) e proposta a partir de um projeto criado por esta Secretaria denominado Iniciativa Educação, Pobreza e Desigualdade Social (IEPDS). Trata-se de pesquisa quantitativa e qualitativa quanto à abordagem, básica quanto à natureza (MINAYO, 2007), exploratória e descritiva quanto aos objetivos e bibliográfica e documental quanto aos procedimentos (GIL, 2008). A perspectiva teórico-metodológica que norteou a pesquisa implica um processo de construção de um conhecimento novo sobre a realidade estudada com vistas a vislumbrar ações que possam transformar esta mesma realidade. Isso exigirá que as relações entre educação, pobreza e desigualdade social sejam consideradas como fenômenos construídos historicamente e analisadas a partir da manifestação dessas relações na realidade concreta, evidenciando suas contradições, interesses e ideologias envolvidas, numa perspectiva de totalidade. Tal perspectiva impôs aos pesquisadores, no processo de apreensão do objeto, a consideração dos elementos estruturais que dão dinâmica à realidade social, política e econômica brasileira, no contexto da ordem capitalista.

Envolvidos: Professor Dr. Adir Valdemar Garcia (Coordenador); Professora Dr.ª Tânia Regina Krüger; Professor Dr. Jaime Hillesheim; Acadêmico Rafael Monteiro da Silva.

Financiada por: Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional.